Deixamos claro que este blog é um trabalho paralelo dos autores, para discussões, debates e cornetas. Você não vai aprender mais sobre futebol, apenas vai saber a opinião de cada um.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

DE DITOS E CANÇÕES POPULARES

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” já dizia a fabulosa canção de Geraldo Vandré, hino dos movimentos de resistência contra a Ditadura Civil-Militar que assolou o Brasil de 1964 a 1985. Pois é justamente com o trecho dessa música que inicio minha primeira participação nessa fogueira. É com um pequeno recorte dessa música, que venho dizer que o Inter 2010 é o Inter mais reativo dos últimos tempos. Para o bem e para o mal.

Conceito de reatividade: que reage após ações.

Porque digo isso? Porque é só o que consigo pensar a partir dos últimos jogos, Principalmente ao término do último jogo contra o Novo Hamburgo, onde, nos pênaltis, o Inter garantiu vaga nas semifinais da Taça Fábio Koff. Após sair perdendo, empatar, virar, ceder o empate, abrir vantagem e, novamente, permitir que tudo ficasse igual no placar. Depois de um primeiro tempo com uma virada não apenas no placar, mas, também, na postura do time, o Inter fez o que eu esperava, porém, temia. Voltou para o segundo tempo jogando como se estivesse vencendo por uma grande diferença no placar, sendo que não era isso. Era um gol de diferença em um jogo que valia vaga. Ainda mais contra o N.Hamburgo que eliminou o Colorado na Taça Fernando Carvalho em um chute decisivo, certeiro e inesperado. Concordo que um time deve saber administrar o resultado, contudo sou muito adepto do conceito de que “a melhor defesa é o ataque” (e vice e versa). Quando o Internacional volta a campo trocando passes com toda a calma do mundo ele permite que o N.Hamburgo se organize, também troque passes, marque e respire... Quando um time não é solicitado na defesa, não é pressionado, seu único trabalho torna-se estudar formas de ataque. Já um time que tem que se defender com qualidade tem menos tempo para pensar e organizar um ataque mortal. É claro que em momento algum desconsidero as variáveis de um jogo de futebol ,como um contra-ataque, por exemplo. E o que aconteceu hoje foi que, o N.Hamburgo parou de temer em sua defesa e começou a pressionar, aos poucos, o Internacional. E assim, mesmo que o adversário se feche, e ele vai, a pressão começa. E vocês sabem que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

E só depois de levar o gol de empate, em uma jogada de total pressão, que o Inter voltou a agredir.

Por isso o Inter é um time reativo. Um time que pensa de forma retrógada quando se posiciona em campo satisfeito com uma vantagem de um gol. E, sendo assim, um time que acaba sempre jogando na pressão.

Hoje, para minha felicidade o Inter venceu mais uma batalha. O que para um torcedor é o mais importante. Segurou, mesmo com muita pressão, o empate. Dessa forma levou o jogo para os pênaltis e, como vocês também sabem, “pênalti é loteria”. E se “loteria é um jogo de sorte” infelizmente eu só posso te dizer hoje, meu colorado querido. Tu teve “mais sorte que juízo”.

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